Máquinas que podem olhar profundamente dentro de seu corpo como Raio-X, Ressonância Magnética (RMI), Tomografias Computadorizadas não definem o tratamento muito menos o diagnóstico na maioria dos casos de dor nas costas.
Estudo Americano publicado no Journal of Orthopaedic Sports & Fisioterapia descobriu que o exagero de prescrição de exames de imagens em paciente com dor lombar está correlacionado com o aumento considerável nas taxas de cirurgias ao longo dos últimos 10 anos.
A verdade é que anormalidades na coluna são tão comuns em pessoas sem dor nas costas quanto naquelas que as têm. Essas anormalidades como a hérnia de disco, abaulamento discal, protrusão discal, hérnia de disco extrusa, discopatia degenerativa e até o bico de papagaio, são manifestações normal e natural, características do envelhecimento e não provocam dor, como as rugas e o cabelo branco, por exemplo.
Se você provocar em seus músculos da coluna um espasmo ou se seus ligamentos estiverem tensos e estressados (esticados excessivamente), isso não aparecerá em um desses exames de imagem. É por isso que o tratamento de Fisioterapia baseado na educação em dor e exercícios específicos, após uma avaliação minuciosa baseada nas boas práticas de tratamento, costuma ser mais útil e confiável para identificar a origem dos sintomas e corrigir o problema.
Na maioria dos casos de dor nas costas, um exame de RMI não deve ser pedido, a menos que o paciente tenha realizado um tratamento conservador por 6 a 8 semanas, como a Fisioterapia, por exemplo.
A falta de respeito às regras, e de consenso nos diagnósticos, leva a maioria dos pacientes com dor nas costas a:
1º. Exames de imagens desnecessários;
2º. Cirurgias sem necessidades;
3º. Rotular o paciente como doente;
4º. Aumento do custo do tratamento;
5º. Entre outros riscos desnecessários.
A palavra chave de um tratamento de sucesso para dor nas costas é educação. Educação sobre as causas corretas do problema, educação sobre o exercício específico, educação sobre a correção da postura e, educação sobre prevenção para evitar futuros episódios de dor nas costas e nas pernas e braços.
A maioria dos pacientes, quando dispõe do conhecimento adequado sobre as dores na coluna, pode se tratar sozinhos e obter sucesso na sua recuperação.
Dr. Abnel Alecrim, fisioterapeuta, Pós-graduação em Reabilitação Musculoesquelética e Esporte, Campinas, SP, Brasil.
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